domingo, 1 de março de 2009



Estive em Pomerode, local pra lá de aprazível, onde visitei muita coisa, inclusive o museu onde entre inúmeras preciosidades estava este carro fúnebre. Ali aconteceu um fato inédito: todos podiam me ver e falar comigo! As pessoas pareciam saídas de um filme, lindas, olhos na maioria bem azuis, educadas, atenciosas, pacientes, e fiquei me perguntando por quê o índice de suicídio é tão alto. Apesar de ter aprendido com a psicologia (outra coisa inútil que estudo sempre, mais um certificado para minha imensa coleção de diplomas para utilizar - para dizer de maneira educada - como papel higiênico) que quando a vítima vive num microcosmo (mundinho fechado), as pressões para que atenda a vontade da maioria de enriquecer assustadoramente num período curto de tempo, escute insultos com a docilidade de Jesus Cristo, dando sempre a outra face, se sacrifique para financiar o que a família ou o par quer, faz com que o indivíduo decida terminar com tão dura existência. Eu sou fã dos suicidas, para mim pessoas corajosas, com uma coragem que me faz falta.
Ali fiquei imersa num verde escuro revitalizsante e voltava feliz pela estrada, imaginando quando seria minha próxima incursão naquele paraíso. Lembrando do Zoológico em que se fica pertinho de leões, onças, panteras negras (minhas favoritas), tigres, elefantes, pavões andam junto com a gente e araras podem até sentar no seu ombro. Mas elas não podiam me ver.
Chegando ao velho cemitério gelado uma surpresa: assassinaram um menor na entrada de casa e outro no fundo, deixando o funda do sobrado parecido com aqueles cenários de filmes para pessoas com idade mental de 2 anos lavado em sangue.
Fiquei olhando aquele vermelho e com saudade do verde musgo de Pomerode.
Sempre quis que as minhas cinzas fossem jogadas no mar. Acho que seria melhor que fossem jogadas no verde. Mas, isso já não tem mais necessidade de discussão.

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